O mixologista Nelo Forti diz que sua proposta é brincar com elementos tão fortes da cultura gaúcha. Além do chimarrão, ele também elaborou um molho para acompanhar a costela, que no Rio Grande do Sul, é o ápice do churrasco.
"Da mesma forma que tem aquela costela com molho barbecue no (restaurante) Outback, aqui você também pode brincar com molho alcoólico para o churrasco. Quisemos brincar com a costela porque é a comida do gaúcho no churrasco, ele tem todas as outras guarnições, mas a costela não falta na churrasqueira do gaúcho, todo o domingo", explica.
O molho é feito com alecrim e zimbro (uma especiaria indiana usada para fazer gin), que também vai bem com carnes mais fortes e de caça. "O zimbro é refogado com o alecrim em óleo, depois você adiciona mel e mostarda à gosto, daí você decide se quem um pouco mais cremoso ou aguado, e depois você adiciona o uísque quente, esse é o segredo do molho", diz. Segundo ele, o uísque deve ser usado quente na receita, porque só dessa forma funciona bem com a mostarda.
O molho não leva sal, uma vez que a costela já vem salgada. "Tem o gosto apimentado da mostarda, o refrescante do alecrim, o amargo do zimbro e a doçura do mel. Então juntamos quatro sintomas diferentes no mesmo paladar (...) você larga o molho em cima e é só degustar".
Daniel Favero
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